sábado, 14 de abril de 2012

Identidade dos Psicólogos: a Avaliação Psicológica

Em março deste ano, tive a oportunidade de participar do Encerramento do Ano Temático da Avaliação Psicológica, promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília/DF.
Vista para o Congresso Nacional

Foram dois dias de intensas e calorosas discussões acerca desta área tão importante e definidora de uma identidade profissional para os psicológos. Porque é por meio da Avaliação Psicológica que nossa categoria demarcou seu espaço territorial, afirmando-se como a única profissão que é habilitada a diagnosticar pelo uso de instrumentos psicológicos, os quais medem constructos do comportamento, da cognição e da personalidade.
Eu, como representante da categoria de psicólogos do interior do Estado do Rio Grande do Sul, senti-me representando muito mais que isto. Para retratar o que quero dizer, penso ser pertinente esclarecer, para quem não é psicólogo, a trajetória e o crescimento dessa área de trabalho intitulada AvaliaçãoPsicológica.
A Psicologia nasceu, enquanto ciência, no final do século XIX, com experimentos científicos voltados a medir sensações, percepções e estados de atenção. Desta forma, comprovou-se a capacidade de uma ciência abstrata, ter em seus constructos científicos, a possibilidade de objetivar uma observação que antes era eminentemente subjetiva. Tornar objetivo o que é subjetivo é tarefa constante da Avaliação Psicológica.
Sendo assim, com o decorrer do tempo, em meados do século XX, os primeiros instrumentos de mensuração foram criados: testes psicológicos destinados a medir a inteligência e a personalidade, sendo muitos deles usados até hoje pelos profissionais. 
Porém, em pleno século XXI, a tônica maior diz respeito às propriedades psicométricas dos instrumentos: a validade, a fidedignidade, critérios de normatização e padronização dos instrumentos.
Com esse intuito, Laboratórios de Mensuração e Testagem Psicológica se proliferaram em todo o país, nos cursos de Psicologia, tornando a pesquisa científica mais requintada e sofisticada no tocante aos critérios de precisão e objetividade. 
Por meio desse breve histórico acerca da evolução da Avaliação e Testagem Psicológica, pode-se, pois, perceber o esforço de profissionais sérios e competentes, com o objetivo único de manter viva a cientificidade e objetividade dos testes psicológicos. 
Portanto, penso que no evento citado anteriormente, minha representação se deu muito mais em relação ao sentimento que une os profissionais engajados na causa por tornar a Avaliação Psicológica, cada vez mais, respeitada e reconhecida pela sociedade.
Em defesa dos testes psicológicos, seu adequado uso enquanto recurso útil à pessoa que busca ajuda, no ambiente clínico; ou mesmo ao candidato que anseia por uma vaga em seleção de pessoal; ou um funcionário que necessita desenvolver-se em seu quadro funcional, despeço-me com a frase: "Quando se julga uma coisa falsa, a avaliação provavelmente é verdadeira." (Barry Levinson).

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